Ninguém que tenha ficado 12 controlando todo o poder de um estado tem autoridade para criticar hoje os seus graves problemas como violência e falta de saúde, nem para dizer que voltando ao poder dará soluções para tudo.
12 é uma vida. É tempo para fazer mudanças básicas, estruturais ou, como no caso do PSDB, fazer os problemas se agravarem por causa da inércia e do descaso.
Quando foi poder supremo no Pará, o PSDB teve ainda por bom tempo o apoio de um Presidente da República do seu partido, o Sr. Fernando Henrique Cardoso. Em mais de uma década é tempo para fazer mudanças fundamentais em questões decisivas para melhorar a vida das pessoas. 12 anos daria para ter colocado em prática um projeto para melhorar a educação já no começo no século 21. Daria para ter mudado o rumo das riquezas minerais paraenses e fazer com que estes tesouros fossem beneficiados aqui, gerando empregos, renda e desenvolvimento humano aqui no Pará.
12 anos foi tempo para pensar o Pará e fazer acontecer uma outra realidade mais feliz. Daria para ter combatido o problema de terras, que causa tantos conflitos e entraves ao setor produtivo e aos trabalhadores rurais. Almir Gabriel, Jatene e o grupo de poder do PSDB tiveram tempo e muitos votos de confiança da população para mudar o drama da falta de saneamento, para melhorar o transporte, para dar ao estado um projeto de desenvolvimento, gerando oportunidades de acesso a tecnologia, a ciência, ao conhecimento, para que o povo daqui pudesse se integrar ao crescimento do Brasil e do mundo e não ficar como mera mão de obra barata para servir de faxineiro na casa dos que vem de fora trabalhar nas empresas que se instalam aqui.
12 anos não são 12 meses. Muita bomba que explode hoje foi armada nesta mais de uma década. Muita coisa foi jogada pra baixo do tapete. Muitas ações foram adiadas ou esquecidas. Muitas escolhas de prioridades foram feitas e hoje se mostram que foram opções erradas. Muita imagem irreal foi criada para passar uma idéia de eficiência, de competência, mas que na verdade o tempo mostrou que os interesses eram outros e nunca o de transformar o Pará, de diminuir desigualdades socais e regionais. O Pará ficou parado ou girando em torno de projetos pessoais, conflitos de vaidade e bossalidade.
Uma das maiores provas de que a coisa era mais pessoal do que social, é rejeição de Almir Gabriel por Jatene. Se Almir, que foi o grande pensador deste projeto de poder do PSDB para se eternizar no comando do Pará, se este Almir não quer Jatene, não acredita nele, se prefere apoiar um arranjo de Jader Barbalho, com que autoridade este grupo vai se apresentar para criticar o que está acontecendo e dizer que pode fazer melhor? O crescimento proposto pelo PSDB o povo já conhece bem, foram 12 anos de convivência e ficou claro que este rumo foi rejeitado.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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